Como pode um sistema operacional crescer no mercado de desktops? Se você pensa que isso se consegue apenas com parcerias entre desenvolvedores e fabricantes e propagandas caras, deveria ouvir a opinião de Mark Shuttleworth, CEO da Canonical, a organização por trás do Ubuntu, uma das distribuições Linux mais populares da atualidade.
Para Mark, a meta do Ubuntu não é atrair, ou mesmo se divulgar, para a massa:
– Temos que ser bons o bastante não para as pessoas testarem por si só, mas bons os suficiente para as pessoas recomendarem o Ubuntu. Essa é a nossa meta.
A declaração veio depois de uma pergunta feita por mim num conference call nesta segunda, divulgando a nova versão da distribuição, oUbuntu 9.10 (Karmic Koala). A pergunta foi sobre migração do Windows para o Linux e como o Ubuntu pode ajudar.
– Algumas das coisas que aconteceram nas últimas versões do Ubuntu melhoraram as habilidades dos usuários para terem mais confiança no sistema antes de mudarem. Agora você pode baixar o Ubuntu num pendrive e rodar todo o sistema operacional via USB sem tocar no HD.
Segundo Mark, isso torna possível verificar se o sistema trabalha bem com o hardware e se é compatível com outros dispositivos, permitindo ganhar confiança para uma instalação no hardware.
Outro destaque de Shuttleworth é a integração com o Windows. Atualmente, o Ubuntu pode rodar na mesma partição que o sistema da Microsoft. Tudo pela confiança do usuário. Mas o maior trunfo está fora dos Live CDs ou live USBs:
– Ganhamos as pessoas um amigo de cada vez. As pessoas têm uma experiência positiva, elas compartilham essa experiência e acabam agindo como a primeira linha de suporte para os problemas que seus amigos talvez tenham.
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